Uma vez me falou de sonhos...
Sonhos esses que eu poderia alcançar
Que deveria lutar, mas esses sonhos se tornaram algo que não consigo mais alcançar.
É como se quanto mais eu corra para querer alcança-lo, mais longe fico para poder realiza-lo, toca-lo.
Então me pergunto, se sigo certo em linhas tortas ou se corro reto na direção errada?
Olhando o filme do Homem-Aranha 2, notei que em grande parte dele trata-se sobre o que mais me chama atenção nesse super-herói. A duplicidade e complexidade de sua vida.
A difícil missão de ser um super-herói e de ser uma pessoa normal. Talvez seja isso que eu esteja lidando agora. Não do fato de querer ser um super-herói, mas do fato de querer ser muitas coisas ao mesmo tempo. Coisas essas que não sei se tenho a força de executar. Talvez até possa ter, como alguns de vocês possam pensar, mas não no tempo em que gostaria...
...
Estava quase sem idéias, mas então lembrei de uma anotação que fiz tirada de um filme chamado: “Um Crime Perfeito”, que assisti domingo. Ótimo filme! Recomendo por sinal, mas não só por essa passagem, mas como um todo.
“Você ousa ficar fora? Você ousa entrar? Quanto pode perder? Quanto pode ganhar? E se entrar, deve virar a esquerda ou a direita? Ou a direita em três quarteirões? Vai ficar tão confuso que você vai começar a correr em estradas curvas e longas em um passo super rápido e vagar por milhas em lugares estranhos e selvagens. Em direção, temo eu, ao lugar mais inútil: O lugar de esperar.
Esperando um trem partir ou um ônibus chegar ou um avião partir ou uma correspondência chegar ou a chuva parar ou o telefone tocar ou esperar por um sim ou por um não ou um colar de pérolas ou um par de calças ou... uma outra chance”.
Só espero que tenhamos sempre a possibilidade de uma outra...
César Braga